A segurança em altura é crucial para prevenir acidentes e lesões em trabalhos em altura. As normas europeias (EN) foram elaboradas para garantir a segurança e o desempenho dos equipamentos de proteção contra quedas. Este guia explica as principais normas aplicáveis aos produtos de segurança em altura e sua importância na proteção dos trabalhadores.
Principais normas EN para equipamentos de proteção contra quedas
EN 361 – Arneses de Corpo Inteiro
Os cintos de segurança de corpo inteiro são testados quanto à resistência estática e ao desempenho dinâmico:
Teste de resistência estática: Uma força de 15 kN é aplicada por 3 minutos entre os pontos de ancoragem e fixação.
Teste de desempenho dinâmico: O arnês é submetido a um teste de queda de 4 m com um manequim de 100 kg, garantindo que o manequim permaneça seguro no arnês sem ferimentos.
O arnês deve manter o manequim ereto e intacto durante a queda.
EN 358 – Cintos de Posicionamento e Contenção no Trabalho
Esta norma abrange cintos e cordões usados para posicionar um trabalhador em altura, evitando quedas durante o trabalho no local:
Teste estático: A correia deve suportar 15 kN de força por 3 minutos sem falha.
Teste dinâmico: Uma queda de 4 m com um boneco de 100 kg deve ser contida sem que o boneco atinja o solo.
EN 813 – Arneses de assento
Os cintos de segurança são projetados para trabalho suspenso, proporcionando conforto ao trabalhar na posição sentada:
Teste estático: Uma força equivalente a 10 vezes a carga máxima (mínimo 15 kN) deve ser aplicada por 3 minutos sem falha.
Teste dinâmico: O arnês é testado com um manequim de 100 kg para garantir que ele possa segurar o trabalhador durante uma queda de 1 m.
EN 354 – Cordões
Os talabartes são essenciais para proteger os trabalhadores e evitar quedas. Esta norma se aplica a talabartes, incluindo aqueles feitos de cordas ou fitas de fibra sintética:
Teste estático: Os talabartes devem suportar uma força de 22 kN (sintéticos) ou 15 kN (metálicos) por 3 minutos.
Teste dinâmico: O cordão deve suportar uma massa de teste de 100 kg e uma força de 3 kN.
EN 355 – Absorvedores de Energia
Absorvedores de energia são usados com talabartes para reduzir as forças sobre o usuário em caso de queda:
Teste de pré-carga estática: Uma força de 2 kN é aplicada e a extensão após a ativação não deve exceder 50 mm.
Teste dinâmico: Uma queda de 4 m deve ser contida com no máximo 6 kN de força de frenagem e uma distância de desaceleração menor que 2 m.
EN 360 – Trava-quedas retrátil
Os dispositivos anti-queda retráteis devem travar quando o usuário cai e suportar forças dinâmicas:
Teste estático: Deve suportar 15 kN (sintético) ou 12 kN (metálico) por 3 minutos sem danos.
Teste dinâmico: A força de frenagem não deve exceder 6 kN e a distância de parada não deve exceder 2 m.
EN 362 – Conectores
Os conectores usados em sistemas de proteção contra quedas são testados quanto a diversas resistências:
Resistência estática: varia de acordo com o tipo de conector, mas todos devem ser testados quanto à resistência, função de comporta e resistência à corrosão.
Teste de função: os conectores devem operar corretamente sob carga, garantindo confiabilidade em situações de alto estresse.
EN 795 – Dispositivos de Ancoragem
Dispositivos de ancoragem são pontos críticos de fixação para sistemas de proteção contra quedas. Esta norma define diferentes tipos de ancoragens:
Tipo A: Pontos de ancoragem fixos presos a uma estrutura.
Tipo B: Âncoras estacionárias sem necessidade de fixação estrutural.
Tipo C: Linhas de ancoragem flexíveis com desvio mínimo.
Tipo D: Linhas de ancoragem rígidas.
Tipo E: Âncoras que dependem de massa e atrito para suporte.
Cada tipo é testado quanto à resistência, deformação e corrosão.
EN 1497 – Arneses de resgate
Os cintos de resgate são projetados para operações de resgate e acesso vertical:
Teste estático: os cintos devem suportar 12 kN de força por 3 minutos sem falhas.
Teste de função: Eles devem ser funcionais para levantar ou abaixar uma pessoa como parte de um sistema de resgate.
EN 1496 – Dispositivos de Elevação de Resgate
Esses dispositivos são usados para levantar ou abaixar uma pessoa durante um resgate.
Resistência estática: os dispositivos devem suportar 10 vezes a carga nominal (mínimo 12 kN).
Desempenho dinâmico: O dispositivo deve suportar uma massa de teste de 100 kg com uma força de frenagem não superior a 6 kN.
EN 363 – Sistemas de Proteção Individual contra Quedas
Esta norma abrange a montagem e as características de sistemas completos de proteção contra quedas:
Sistemas de contenção, posicionamento de trabalho, acesso por corda, proteção contra quedas e resgate são todos descritos nesta norma.
Conclusão
Cada produto de segurança em altura deve atender à norma EN aplicável para garantir a máxima proteção. As normas fornecem uma estrutura abrangente para testar equipamentos quanto à resistência, funcionalidade e segurança sob diversas condições.
Pontos principais:
- EN 361: Arneses de corpo inteiro para proteção contra quedas.
- EN 358: Cintos e cordões de posicionamento de trabalho.
- EN 813: Arneses para suspensão.
- EN 354: Talabartes para fixação de trabalhadores.
- EN 355: Absorvedores de energia para reduzir forças de queda.
- EN 360: Dispositivos anti-queda retráteis.
- EN 362: Conectores para proteção contra quedas.
- EN 795: Dispositivos de ancoragem.
- EN 1497: Arneses de resgate.
- EN 1496: Dispositivos de elevação de resgate.
Certifique-se de que seu equipamento de segurança em altura atenda aos padrões corretos verificando as marcações EN relevantes.